quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Etiqueta Real

"Arthur" vem do celta. Significa "o nobre" ou "o generoso" e é o nome do mais famoso "rei". Aquele da távola redonda e da excalibur e do qual alguns historiadores empolgados tentam comprovar a existência real e não apenas literária. De rei eu só tenho o nome (e um blog prepotente), mas não me faltam aspirações.
No meu reinado eu juntaria o melhor de Henrique VIII, Maquiavel e Sun Tzu: Criaria uma igreja apoiadora de meu reinado, seria amado e temido ao mesmo tempo e teria um monte de tropas legais pra brincar de Age of Empires. Meus súditos me adorariam. As altas classes me respeitariam e o povo teria em mim a imagem de um déspota justo, austero e piedoso.
Na adversidade só usaria de arbitrarismos egoístas em último caso: meus inúmeros conselheiros (os quais eu intitularia Câmara dos VIPs ou algo parecido) seriam ouvidos com toda atenção e refutados educadamente. Trataria meus aliados com suprema dedicação e veria inimigos se tornando amigos. E, por último, mas não menos importante, eu criaria o direito ao "cala a boca do rei".
Sinceramente, acho muito mais importante poder soltar um cala a boca" bem polpudo do que ter meus luxos bancados pelos impostos da população. Um casarão, refeições pomposas, roupas finas e dálmatas com pedigree não contribuem em nada para o país. São engodo publicitário que visa manter a imagem de realeza. Agora, o "cala a boca" é imprecindível ao monarca moderno. Numa época em que o que você fala, ou o que falam de você, é mais importante que o que você faz, instituir esse direito é uma decisão das mais adequadas.
Imagine só, poder golfar um "porque no te callas" em alto e bom som no meio de um discurso chato de algum desses presidentezinhos gordos com cara de incas das Índias Ocident... digo, América?! Isso não sendo instituido, a opinião pública poderia dizer que sou mal educado, arrogante ou até que prejudico a diplomacia. Mas tendo o direito, tudo estaria no protocolo. Afinal, as leis estão acima de todos, inclusive de presidentes, reis ou mega-empresários dos meios de comunicação, não é?
Só me pergunto se esses populistas falam tanto nos congressos porque deixam ou por falta de leis ou regras que os proíbam. Talvez seja o caso de falar com a ONU...

2 comentários:

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