sábado, 24 de novembro de 2007

Esse idioma é uma piada

- Pai, que fruta é aquela?
- É a ameixa azul, meu filho.
- E porque ela é vermelha?
- Porque ainda está verde.



e ainda chamam o moleque de 'daltônico', coitado.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Etiqueta Real

"Arthur" vem do celta. Significa "o nobre" ou "o generoso" e é o nome do mais famoso "rei". Aquele da távola redonda e da excalibur e do qual alguns historiadores empolgados tentam comprovar a existência real e não apenas literária. De rei eu só tenho o nome (e um blog prepotente), mas não me faltam aspirações.
No meu reinado eu juntaria o melhor de Henrique VIII, Maquiavel e Sun Tzu: Criaria uma igreja apoiadora de meu reinado, seria amado e temido ao mesmo tempo e teria um monte de tropas legais pra brincar de Age of Empires. Meus súditos me adorariam. As altas classes me respeitariam e o povo teria em mim a imagem de um déspota justo, austero e piedoso.
Na adversidade só usaria de arbitrarismos egoístas em último caso: meus inúmeros conselheiros (os quais eu intitularia Câmara dos VIPs ou algo parecido) seriam ouvidos com toda atenção e refutados educadamente. Trataria meus aliados com suprema dedicação e veria inimigos se tornando amigos. E, por último, mas não menos importante, eu criaria o direito ao "cala a boca do rei".
Sinceramente, acho muito mais importante poder soltar um cala a boca" bem polpudo do que ter meus luxos bancados pelos impostos da população. Um casarão, refeições pomposas, roupas finas e dálmatas com pedigree não contribuem em nada para o país. São engodo publicitário que visa manter a imagem de realeza. Agora, o "cala a boca" é imprecindível ao monarca moderno. Numa época em que o que você fala, ou o que falam de você, é mais importante que o que você faz, instituir esse direito é uma decisão das mais adequadas.
Imagine só, poder golfar um "porque no te callas" em alto e bom som no meio de um discurso chato de algum desses presidentezinhos gordos com cara de incas das Índias Ocident... digo, América?! Isso não sendo instituido, a opinião pública poderia dizer que sou mal educado, arrogante ou até que prejudico a diplomacia. Mas tendo o direito, tudo estaria no protocolo. Afinal, as leis estão acima de todos, inclusive de presidentes, reis ou mega-empresários dos meios de comunicação, não é?
Só me pergunto se esses populistas falam tanto nos congressos porque deixam ou por falta de leis ou regras que os proíbam. Talvez seja o caso de falar com a ONU...

domingo, 18 de novembro de 2007

ploft

correndo
correndo
correndo...
de repente tropeço e caio de cara na areia.

outros, mais determinados, levantariam-se e continuariam a correr.

eu não.
simplesmente continuei deitado, confortável naquela fofura quetinha.

a preguiça é ortopédica.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

sorrateiras, essas palavras

Salman Rushdie, o autor de Versos Satânicos, ao responder a por que preferia escrever ficção, afirmou: "Na ficção pegamos o leitor desprevenido".

Então, já que eu sempre quis ser ninja, lá vai:


Era um anjo. Um anjinho filhote, de asas pequenas e ainda frágeis, embora ávidas pelo mundo supostamente fantástico das estripulias aéreas.
Certo dia, em meio à suas brincadeiras, quis tentar voar mais alto que as já tediosas planadas. Com muito esforço passou por cima de uma árvore de prata e caiu do outro lado numa nuvem fofinha. Estupefato, empolgou-se, e foi logo iniciando mais um impulso. Desta vez atravessou o ar acima de três casas de anjos. Capotou numa praça, ralou os ombros e os joelhos. Mas e daí!? Ele estava quase voando. Não como um arcanjo maestral, mas isso era questão de tempo.
Queria ver até onde conseguiria chegar. Da praça era possível avistar o palácio d'Ele lá no alto. Malicioso, curioso e cheio de energia, o anjinho aqueceu as penas e começou uma grande corrida. Atravessou toda a praça, a avenida e saltou, o mais alto que pode. As asinhas batendo como as de um beija-flor. E foi. Voando, voando. Toda a cidade abaixo dele cada vez menor. Vôou e vôou e, bem quando chegaria no palácio, trombou no muro e caiu.
Sim, caiu. Como uma rocha. Desacordado. E você sabe o destino de todo anjo que cai. Sem saber, o pobrezinho se dirigia rapidamente para o Inferno. Ou não!
Tinha uma Terra no meio do caminho. E caploft, foi lá mesmo que espatifou-se o coitado. Um sujeito, barba por fazer, chapéu surrado e botas cheias de furos, tropeçou no pequeno:
- João! Ô João! Vem ver o que achei! Um ganso. Dos gordos. E já veio quase todo depenado.
João veio correndo:
-Gan... que ganso o quê, Zé. Isso é pombo. Num percebe que é todo sujo?
-Ah, mas desse tamanhão dá janta das boas!!
Levaram-no. Cortaram umas cebolas e prepararam uma grande panela. Julgavam-no por morto. Afinal, anjo não precisa respirar. Mas bem quando iriam degolá-lo, o pequenino acordou:
-Que lugar é esse? Eu caí? Cadê Ele?
-Eita, Zé! O pombo tá falando!
Os dois humildes homens largaram o facão e perceberam o erro que haviam cometido. O anjinho explicou a eles que era da Cidade de Prata, lar dos anjos, e eles o explicaram que estava em Mujambira, lar de sêu Iraci, de dona Jamélia e de Joaquim Pereira Arruda Dias, o caçador. Confuso, perguntou aos homens se Mujambira ficava no Inferno e se Joaquim Pereira Arruda Dias era o diabo. Dissera que não, embora quisessem dizer sim, e prometeram levá-lo até quem o pudesse ajudar.
Já na delegacia, um polícial encaminhou o anjo ao delegado:
-Então você é um... como disse? Anjo? Bah. Cada maluco que me aparece.
Foi preso por falsidade ideológica. A sentença era outra, mas acabou sendo encarcerado num cubículo com dois assassinos. Um dizendo que o pequeno estava perdido e nada poderia ajudá-lo. O outro, com aparente fé no anjo, pediu sua ajuda. Após alguns dias, os dois tramaram um plano de fuga. Cavaram um buraco, oculto por um colchão, e ao final de um mês realizaram a escapada.
Na extremidade exterior do túnel, Joaquim Pereira Arruda Dias os esperava com uma foice e muita maldade. Entregou-os ao delegado e ganhou uma recompensa polpuda.
O pobre anjo e o infeliz assassino foram separados. Cada um numa cela fria, escura, sem colchão e cheia de insejos e outras criaturas subterrâneas. Passou fome e sede, não piores que a angústia.
Queria voltar a voar. Experimentar novamente a brisa deliciosa no rosto. O frescor do vento no peito. As lufadas de ar nas asas que o levavam mais alto.
Enlouqueceu. Sem o que comer devorou os próprios pés. Não precisaria deles já que aprendera a voar. O tempo passou e, faminto, abocanhou as pernas. Em seguida foi a barriga. O tórax. As mãos, os braços, os ombros e... pronto.
Morreu.
Sobraram cabeça e asas, tudo o que ele precisaria para voar e ser feliz, se ainda estivesse vivo.
Dias depois o cheiro começou a incomodar o guarda do corredor. Abriu a cela e tratou de se livrar da carcaça. Um padre caolho encontrou-a numa lixeira. Achou maravilhosa. Mandou empalhá-la e envernizá-la. Pendurou-a na parede da igreja matriz e deu-lhe nome: barroco.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Black and White

Argumento:
Disseram que quanto maior a área preta (ou bem escura) no monitor do computador, menos energia ele consome e menor é o cansaço dos olhos.

Intenções:
a) Poupar energia para:
a.1. Diminuir a conta de luz para não tomar esporro do meu pai.
a.2. Fazer minha parte na preservação do meio ambiente, já que menos energia consumida significa menos demanda energética o que resulta em menos necessidade de novas hidrelétricas e outras cavucações na natureza.

b) Causar o mínimo de cansaço possível nos leitores para que leiam mais e melhor meus textos.

Conclusão:
Blog preto com letras brancas.


Observação:
E você há de convir comigo que fica muito mais elegante!

domingo, 11 de novembro de 2007

Brincando com fogo



O Bindeez (e o aqua dots – parente próximo) contém, segundo análises, uma substância chamada de “ecstasy líquido” que pode causar nauseas, convulsões mentais (não me pergunte o que é isso) e talvez a morte.
A despeito disso todo o negocinho deve ser dos mais divertidos: colocam-se bolinhas coloridas num forma na posição que desejar. Depois borrifa-se água e, voilà, a tinta das bolinhas se torna adesiva e elas formam coisas! Isso mesmo: coisas, artes, desenhos divertidos, talvez até em 3D. Não é o máximo? Porque um idiota drogado tinha que inventar de colocar uma substância alucinógena no brinquedo? Aposto que foi brincadeira de espírito de porco. E agora o que acontece? Recolhem a obra fantástica. E porque? Devido aos acidentes que ocorreram com 12 crianças na Austrália e nos EUA. Drôga.
Quando acontecem “acidentes” com armas de fogo a arma não é recolhida em larga escala por ser considerada perigosa nas mãos de pessoas irrenponsáveis. Entregue uma arma a pessoas com a responsabilidade de uma criança e você tem um grande risco, assim como entregar aos infantes um brinquedo potencialmente perigoso.
Recolham-se as armas! Ou então me arrumem um certificado de usuário consciente de brinqueros tóxicos!
huhu
ah, acho que já tá bom, né?
eu nem gosto de linguiça...

à militaresca

Linguiça com ervas
(típica de Bragança Paulista, SP)

INGREDIENTES:
3 peças grandes de pernilTripas de porco15 gramas de sal de cura1 pitada de açúcar20 gramas de conservante1 copo de águaCondimento feito à base de noz moscada e alhoPimenta calabresa secaOréganoErva-doceSal

MODO DE PREPARO:
O primeiro passo é limpar bem a carne fresca, mas tirar apenas um pouco da gordura para ela não ficar muito seca. Depois, triture o pernil. Então, coloque a pimenta calabresa seca, o orégano, a erva-doce, o sal, o condimento feito à base de noz moscada e alho, o sal de cura para fixar o gosto, o açúcar e o conservante. Misture bem o tempero e adicione a água, que vai deixar a massa mole e facilitar a entrada da carne nas tripas de porco. Embuta a massa nas tripas. Depois, divida a lingüiça em gomos.

Voilà

sábado, 10 de novembro de 2007

...

hoje acordei com a televisão despertando.
ou despertei coma televisão acordando?!
ela liga num horário programado. na globo. e "tchaaaaaaaaaan"!!! me assusta.
eu pulo da cama. normalmente suspreendido por um louro josé gritante.
aí procuro algo pra comer. nunca encontro.
passo fome até a hora do almoço. seja na faculdade ou em casa.
hoje, que é sábado, quem me acordou foi o stich, amiguinho da lilo. e eu comi. maça e banana.
o almoço será no shopping, acompanhado de mamãe.
o melhor da manhã foi ver minha linda no skype. abençoado seja, já que amada luísa é.


diário: a melhor maneira de se encher uma boa linguiça.

Arando a terra

Não.
Não vou escrever nada ainda. E não escrevo porque isso daqui é um blog. E blogs devem ser coisas sem começo.
Quando um blog é lido, ele é lido do meio, ou do fim. Nunca do início.
O blog deve ter essa sensação de que nunca começou... que sempre esteve ali...
Então, quem sabe, quando eu completar uma página inteira com posts inúteis de linguiça eu comece a escrever de verdade.
tchau.
Criei esse blog pra ser chefe de alguma coisa.
Reclamaçães envie à senhora sua mãe!
Obrigado e volte sempre!